Hip-hop contra a violência

Favela arte

Como um projeto usa a música para mudar vidas

Utilizando elementos da cultura hip-hop (Break, DJ, Rap e Grafite) o Arte Favela envolve jovens, entre 12 e 19 anos no estudo da arte contemporânea e soma pontos contra a violência.

O quadro de oficineiros é composto pelos próprios jovens, o que atende a um dos objetivos do projeto – o de geração de renda. De acordo com o coordenador, a missão do Arte Favela é gerar artistas multiplicadores, em uma perspectiva de profissionalização, e valorizar a arte e a cultura da periferia.

O Hip Hop é uma cultura ligada à vida urbana e que é identificada na identidade cultural de jovens que moram na periferia, por isso gera motivação e entusiasmo nos participantes pelas oficinas.

Os participantes do Arte Favela são jovens entre 12 a 29 anos de ambos os sexos, com baixa escolaridade, moradores de vilas e favelas e que tenham o desejo de desenvolverem seus conhecimentos relacionados à arte e à cultura.
Não há processo de seleção e a participação é voluntária. Não há preocupação com número de participantes e sim com o desenvolvimento de redes entre pessoas. Participam também jovens que não moram nas comunidades menos favorecidas, bastam gostarem e contribuirem com a proposta do Arte Favela.

As opções são: Grafite e artes visuais, Literatura, Rap e Desenho Animado.

A pichação/grafite é um elemento de manifestação que atinge diretamente a sociedade, pois contradiz as leis. Isso gera um desafio para o pichador e sua reputação é valorizada diante outros pichadores. Se observarmos um grafite em lugar proibido, nem sempre entendemos como pichação, pois achamos um trabalho bonito e que de repente não agride visualmente. Por outro lado, quando o grafite é criado com uma plástica e com informação sobre a proposta levando ao observador a pensar, o grafite deixa de ser um vandalismo e se torna uma criação.

É uma iniciativa inovadora, com resultados concretos que melhoram a vida dos envolvidos e da sociedade em geral.